sábado, 30 de junho de 2007

Nós

Olhar o céu e ver teus olhos
Nadar num lago e sentir teu toque
Andar entre as flores sentir teu perfume
Cantar para a lua e ouvir tua voz

Chego em casa e não te vejo
Teu celular está desligado
Deixo recados, mando bilhetes
E nada vejo, não chega resposta

Te olho, te sinto, te peço
Você nem sequer olha para mim

Te sinto, te chamo, te quero
Você nem sente pena de mim

Às vezes te busco, querendo falar
E quando te encontro, prefiro calar
Não quero mais lagrimas, não quero mais dor
Nem quero teu corpo, só quero teu amor

E sentir, sonhar, construir
Nosso canto, um alento
O momento, novo tempo

Olhar o céu e ver teus olhos
Nadar num lago e sentir teu toque
Andar entre as flores sentir teu perfume
Cantar para a lua e ouvir tua voz

Olho pro futuro e só vejo um vazio
Procuro um motivo e só penso em nós.

Firmino Maya

terça-feira, 26 de junho de 2007

Universo interior

Quero ter forças para lutar
contra esse universo que crio,
por vezes, dentro de mim.

Que me amedronta e adormece
a cada instante, a cada dia,
a cada novo entardecer.

Que me intimida e me assusta
a cada noite, a cada momento,
a cada novo alvorecer.

Quero ter forças para lutar
contra esses monstros que crio,
no meu universo interior.

Firmino Maya

sábado, 23 de junho de 2007

Entrega e prazer

Sentir tuas mãos percorrendo meu corpo
descobrindo espaços, lugares e
permitindo a descoberta do prazer.
Libertando sentimentos e desejos.

Sentir tua boca me sugando com furor
e tua língua a fazer festa pelo meu corpo,
descobrindo regiões de intenso prazer
e nossos corpos num deleite sem pudor.

Agora é minha mão que te busca
apalpa, aperta, desbrava e acaricia.
Descobre, nas tuas entranhas segredos,
anseios, sonhos, os teus medos.

Minha língua a deslizar por tuas curvas,
teu pescoço, colo, seios, tuas coxas.
Querendo sugar do teu corpo em brasa
a doce seiva que me embriaga o espírito.

E no ápice do nosso encontro de almas,
quando nos damos sem medo, um do outro.
Nossos corpos se entregam, se enlaçam
e como mágica transformam-se em um.

Firmino Maya

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Isso é o que faço!

Não ligo para o que pensam.
Não ligo para o que dizem.
Não ligo para o que sentem.
De mim, para mim ou sobre mim.

Vivo minha vid[inh]a.
Aos poucos, de pouco em pouco,
Bebo, fumo, canto, toco.
Ah!... Se com isso me importo?
Isso não vem ao caso,
Isso não te importa.
Isso é o que faço.

Não ligo para o que pensam.
Não ligo para o que dizem.
Não ligo para o que sentem.
De mim, para mim ou sobre mim

Vivo minha vid[inh]a.
Aos pouco, de um dia ao outro,
Amo, sofro, trepo, choro.
Ora!... Se isso me basta?
Isso não tem resposta,
Viro ao mundo as costas.
Isso é o que faço.

Não ligo para o que dizem.
Não ligo para o que pensam.
Vivo a minha vid[inh]a.
E isso é o que faço!

Firmino Maya

sábado, 16 de junho de 2007

Soneto nº 03

(Trovas e canções)

Com as mais belas e doces palavras,
Quero trovar um milhão de trovas.
De minha autoria, as minhas lavras,
Durante esta longa noite de provas.

Eu quero compor diversas canções,
Para a mais bela entre as mulheres.
Usando as notas, claves e os tons,
Para que tu ouças quando quiseres.

Eu quero esculpir, seja onde for
mármore, bronze ou no granito
os traços singelos e belos da flor.

Correr o mundo, buscar com furor
O brinde mais caro e o mais bonito
Pra minha Linda, pra ti, meu Amor.

Firmino Maya

sábado, 9 de junho de 2007

Cariocas

Carioca
Menina do corpo dourado,
de pele morena, com a cor do pecado.
Sorriso de pérolas,
fotografia perfeita do desejo.

Carioca
Rapaz com o corpo sarado,
na beira da praia todo bronzeado.
Peito tatuado,
imagem perfeita da libido.

Carioca
Povo acolhedor e festivo,
recebendo a todos de braços abertos.
Como o Cristo,
do alto do morro, a nos abençoar.

Carioca
Cidade cravada entre a serra e o mar,
de rara beleza e diversos amores.
Mais que uma identidade,
um estilo de como viver essa vida.

Firmino Maya

sexta-feira, 8 de junho de 2007

“Aliança”

Esse longo caminhar com a sorte
Nos remete a uma lembrança
De que a vida é o belo esporte
Mas tem com a morte uma aliança.

Firmino Maya

sábado, 2 de junho de 2007

Soneto nº 02

(Eficácia do amor)

Que tal fazer uma breve parada
Tentar curar aquela velha ferida
Olhar outra vez e seguir a estrada
E volta a viver, de verdade, a vida.

Olhar bem firme, no olho do irmão
Com carinho, paciência e brandura
Mostrar mais uma vez com exatidão
Que a verdade ainda é a única cura.

E dessa forma, seguir nossa vida
Caminhando, sem medo da dor.
Pois sem dor não se cura a ferida

Muitas vezes aberta quase em flor.
Mas sempre tem cura ou uma saída
Para quem crer na eficácia do amor.

Firmino Maya
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