sábado, 29 de novembro de 2008

Deixe

Deixe-me explorar teu corpo,
Conhecer tuas curvas e teus ângulos,
Os retos, os agudos, os oblíquos e os obtusos.

Deixe-me viajar na tua pele,
Correr por tuas curvas e tuas retas,
As longas, as curtas, as fechadas e as abertas.

Deixe-me te amar,
Te querer, seduzir, desejar.

Permita-se ser olhada,
Carinhada, curtida, desejada.

Por alguém que encontrou em ti
O porquê da caminhada
Do sorrir, do viver, do sentir.

Permita-se ser amada
Por mim.


Firmino Maya

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Quero ser um anjo!

Quero ser um anjo!

Não desses sem graça
Com suas brancas asas
Com suas belas túnicas
E nada mais para fazer.

Quero ser um anjo!

Não dos que vivem no céu
Dedilhando suas harpas
Cantando seus cânticos
De louvor ao eterno ócio.

Quero ser um anjo!

Não um desses loiros santos
Que já foram criados puros
Que nenhuma dor sentiram
Sem saber o que é ser humano.

Quero ser um anjo!

Não desses passíveis de queda
Muito menos insensíveis à dor
Que sintam um orgulho vulgar
E que nada busquem alcançar.

Quero ser um anjo!

Que lutou e venceu a batalha
Contra suas próprias loucuras
Um anjo puro de corpo e alma
Que mereça tal honraria.

Firmino Maya
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