sexta-feira, 4 de março de 2016

A adolescência alcoolizada, de quem é a culpa?




No Brasil, hoje, a maioria absoluta dos adolescentes é proibida de consumir bebidas alcoólicas. Digo a maioria, pois a adolescência vai até os 18, 19 anos de idade. Mas vou me ater apenas a parte que é proibida por lei e, infelizmente, ainda assim é consumidora das tais bebidas. Por qual ou quais motivos a sociedade permite que isso ainda aconteça? Será um mau-caratismo da sociedade ou sintomas de que ainda necessitamos de nos educarmos como um todo?

A todo o momento somos bombardeados com imagens, notícias, programas televisivos que nos apresentam jovens menores consumindo álcool. E, logo após, vemos especialistas sobre juventude e comportamento humano apresentar argumentos para explicar o fato e suas possíveis consequências para o jovem e a sociedade na qual ele está inserido.

E nós, qual a nossa posição perante isso? O que fazemos para que este erro seja corrigido e, aos poucos, erradicado da nossa comunidade? Temos o péssimo hábito, como sociedade, a culpar sempre o outro. Contudo quando iremos assumir a nossa parcela nos erros da nossa sociedade?

Quando, realmente, nos daremos conta do malefício que o consumo de álcool traz para os nossos jovens, iremos parar de aplaudir aqueles que ainda insistem no incentivo a esse consumo. Sim! Ainda hoje existem “responsáveis” que incentivam crianças a consumir bebidas alcoólicas. Ainda vemos pais e mães que molham a chupeta do filho no copo de cerveja e depois a colocam na boca do filho, ainda existem pais que insistem em dizer que o filho só irá transformar-se em homem depois que beber um ou mais copos de cerveja.

Quando, verdadeiramente, acreditarmos como sociedade que o consumo de álcool é prejudicial ao desenvolvimento físico e emocional dos nossos adolescentes iremos começar a fiscalizar os ambientes que eles frequentam. Quando assumirmos o controle realmente da educação dos nossos pequenos iremos cobrar da sociedade (de nós mesmos) o mesmo controle e cuidado que temos hoje com o consumo de cigarro.

Para que isso funcione é necessário apenas que nos conscientizemos da nossa responsabilidade no papel de pais e educadores. E passaremos, então, a instruir e educar nossos adolescentes sobre os malefícios e prejuízos que o consumo do álcool traz a um ser, como dito anteriormente, em plena construção física e psíquica e que, por muitas vezes, ainda não tem totais condições de decidir sobre si e sua vida. E quando esse dia chegar com certeza todos nós teremos um ganho com a nova conscientização e educação da sociedade.

Tonni Nascimento

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