No Brasil,
hoje, a maioria absoluta dos adolescentes é proibida de consumir bebidas alcoólicas.
Digo a maioria, pois a adolescência vai até os 18, 19 anos de idade. Mas vou me
ater apenas a parte que é proibida por lei e, infelizmente, ainda assim é
consumidora das tais bebidas. Por qual ou quais motivos a sociedade permite que
isso ainda aconteça? Será um mau-caratismo da sociedade ou sintomas de que
ainda necessitamos de nos educarmos como um todo?
A todo o
momento somos bombardeados com imagens, notícias, programas televisivos que nos
apresentam jovens menores consumindo álcool. E, logo após, vemos especialistas
sobre juventude e comportamento humano apresentar argumentos para explicar o
fato e suas possíveis consequências para o jovem e a sociedade na qual ele está
inserido.
E nós, qual
a nossa posição perante isso? O que fazemos para que este erro seja corrigido
e, aos poucos, erradicado da nossa comunidade? Temos o péssimo hábito, como
sociedade, a culpar sempre o outro. Contudo quando iremos assumir a nossa
parcela nos erros da nossa sociedade?
Quando,
realmente, nos daremos conta do malefício que o consumo de álcool traz para os
nossos jovens, iremos parar de aplaudir aqueles que ainda insistem no incentivo
a esse consumo. Sim! Ainda hoje existem “responsáveis” que incentivam crianças
a consumir bebidas alcoólicas. Ainda vemos pais e mães que molham a chupeta do
filho no copo de cerveja e depois a colocam na boca do filho, ainda existem
pais que insistem em dizer que o filho só irá transformar-se em homem depois
que beber um ou mais copos de cerveja.
Quando,
verdadeiramente, acreditarmos como sociedade que o consumo de álcool é
prejudicial ao desenvolvimento físico e emocional dos nossos adolescentes
iremos começar a fiscalizar os ambientes que eles frequentam. Quando assumirmos
o controle realmente da educação dos nossos pequenos iremos cobrar da sociedade
(de nós mesmos) o mesmo controle e cuidado que temos hoje com o consumo de
cigarro.
Para que isso
funcione é necessário apenas que nos conscientizemos da nossa responsabilidade no
papel de pais e educadores. E passaremos, então, a instruir e educar nossos
adolescentes sobre os malefícios e prejuízos que o consumo do álcool traz a um
ser, como dito anteriormente, em plena construção física e psíquica e que, por
muitas vezes, ainda não tem totais condições de decidir sobre si e sua vida. E quando
esse dia chegar com certeza todos nós teremos um ganho com a nova conscientização
e educação da sociedade.
Tonni Nascimento