As tuas mãos terminam em segredo.
Os teus olhos são negros e macios
Cristo na cruz os teus seios(?) esguios
E o teu perfil princesas do degredo...
Entre bruxos e ao pé de bancos frios
Nas entrevistas alamedas, quedo
O vento põe seu arrastado medo
Saudoso a longes velas de navios.
Mas quando o mar subir na praia e for
Arrasar os castelos que na areia
As crianças deixaram, meu amor,
Será o haver cais num mar distante...
Pobre do rei pai das princesas feias
No seu castelo à rosa do Levante!
Fernando Pessoa
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